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Introdução

Olá meus caros visitantes (:

Antes de espreitarem o meu blog, queria fazer uma breve apresentação.

Este blog é uma antologia que contém cinco poemas de cinco poetas de língua portuguesa do século XX.

Esta antologia foi realizada no âmbito da disciplina de Português e a pedido da professora. Gostaria de partilhar convosco estes poemas porque achei que eram adequados ao tema e de fácil interpretação. Por isso, penso que a deverão ler e saborear.

De seguida, apresento a estrutura. Esta antologia constituída pelos poemas e respectivos comentários, onde apresento a minha opinião e uma pequena análise. Os poemas foram escolhidos com o tema da importância das palavras e estão ordenados pela minha ordem de preferência, sendo o primeiro aquele que eu aprecio mais.

Desejo a todos uma boa leitura e não se esqueçam de deixar o vosso comentário!


Cátia Rodrigues

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um poema

Um poema
é a reza dum rosário
imaginário.
Um esquema
dorido.
Um teorema
que se contradiz.
Uma súplica.
Uma esmola.
Dores,
vividas umas, sonhadas
outras...
(Inútil destrinçar).

Um poema
é a pedra duma escola
com palavras a giz
para a gente apagar ou
guardar


Saul Dias, Essência, Brasília Editora

1 comentário:

  1. Nos primeiros versos («Um poema/é a reza dum rosário/imaginário») o autor utiliza a metáfora para comparar aquilo que um poeta faz quando se sente triste, pega numa caneta e escreve para que toda a mágoa desapareça, àquilo que um crente faz para que o mal se desvaneça (« é a reza de um rosário»).
    «Um esquema/ dorido» é o retrato que o poeta faz da sua dor, querendo assim dizer que passa para o papel todos os seus anseios, medos, dor, etc… construindo um esquema de ajuda.
    Com «Um teorema/ que se contradiz» o autor que dizer que a beleza da poesia tem a capacidade de se contradizer. Qualquer pessoa pode interpretar o poema de maneiras diferentes apesar das palavras serem as mesmas.
    (« Uma súplica/ Uma esmola») são os pedidos de ajuda do poeta que apenas através da poesia consegue exprimir-se e revelar os seus sentimentos.
    Ao dizer «(Inútil destrinçar).» o que se dá a entender é que não é preciso pormenorizar mais, pois o que foi dito nos três últimos versos resume tudo.
    Na última estrofe, o poeta usa mais uma vez a metáfora (« Um poema é a pedra de uma escola») e com ela transmite a ideia de que na escola passasse o conhecimento que edificamos para o quadro («pedra») enquanto que num poema passasse para um papel.

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